segunda-feira, 12 de julho de 2010

Lupina

Com um olhar de loba à espreita de sua caça, ela olhava para as luzes da cidade antiga.
Ouvia melodias de um Luís, enquanto cruzava aquela praça, de frente ao teatro.
Sorriu para seu acompanhante, que murmurava aquela velha canção.
Com as garras pintadas de negro, fez um carinho em sua barba.
O nó que fizera em seus longos cabelos se desatou e caiu em ondas por suas costas,
refletindo ao mercúrio das lampadas antigas.
Aquilo tudo lhe facinava:
as pessoas na praça,
os guardas cuidando do caotico trânsito,
o gari que cansado, porém sorridente, cantarolando um velho samba
e se arriscava em alguns passos.
A lua brilhou mais forte, refletindo sua beleza nas ondas do cais do porto.
Ela respirou fundo, aspirando toda aquela poesia que era o centro da cidade.
Ajeitou a bolsa amarela no ombro direito,
deu o braço ao lobo maior
e seguiu seu caminho, carregando em seu coração toda aquela inspiração.

Um comentário:

  1. Seja uma Drs. em glotia, como um rio de afluentes a mente fantasia e digitaliza os maiores seres.

    Torne Lupina uma desbravadora, uma guerreira, no qual a humanidade se embase em carater, conceitos, virtudes.....

    Beijos JL. Teimoso 1

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