sexta-feira, 2 de julho de 2010

Dreams be Dreams

O despertador tocou e ela, preguiçosamente, esticou o braço para fora do edredom quente, desligando-o. Ouviu o barulho da chuva que caia do lado de fora e tentou levantar da cama.
Um par de mãos fortes a segurou pela cintura, evitando-a de sair do aconchego da cama.
- Não vê que está chovendo lá fora? Fique quietinha aqui.
- Amor ... eu tenho que levantar...
Ele apertou ainda mais o abraço e colocou a cabeça no pescoço dela, dando leves beijos.
- amor.. me deixa.. levantar...
- nada disso. Você vai permanecer aqui, do meu lado – disse ele, enquanto roçava a ponta do nariz na base do pescoço dela, deixando-a arrepiada.
Ela já estava quase adormecendo quando a porta foi bruscamente aberta e um garotinho de 5 anos começou a pular em cima do casal.
- Bom dia, papai! Bom dia, mamãe!
- mas o quê que é isso?
- É a realidade amor... batendo na sua cara. –respondeu ela, sorrindo. Aproveitou a situação e se desvencilhou das mãos possessivas do marido e se levantou rápido, perdendo o equilíbrio e tendo que se apoiar no dossel da cama.
- Amor, está bem? – ele e o filho olharam preocupados para ela.
- To bem sim, meninos. Só fiquei meio... zonza. – Respondeu ela, olhando nos dois pares de olhos castanhos que a fitavam.
- Mamãe, ta tudo bem com você? Ta dodói? – Perguntou o pequenino, fazendo bico.
O marido sorriu, feliz com a hipótese que projetou em sua mente. Respondeu, olhando a esposa e o filho:
- E isso, moleque, é um irmãozinho pra você. – E o sorriso se abriu ainda mais quando percebeu o olhar de ‘talvez’ da esposa.
- é sério que eu vou ter um irmãozinho, mamãe? – Perguntou cheio de esperança o pequeno.
- Quem sabe? – Respondeu ela, sorrindo, sentada na cama.
- Thomas, porque você não vai se arrumar e esperar pelo café da manhã?
- OOOK ! – o pequeno saiu do quarto correndo, com os braços abertos imitando um avião.
Ela sorriu, olhando para o filho. Se levantou da cama, com a intenção de ir a caminho do banheiro, mas foi interceptada pelo marido, que a puxou novamente para a cama.
- é verdade? – perguntou ele, com a mesma felicidade do pequeno, estampada no rosto.
- não tenho certeza ainda, querido. Porquê?
- Porque seria perfeito. – E começou a beija-la.
- Ei, ... baby ..., eu tenho que ir agora. – Tentou falar, entre os beijos. – Alguém precisa ser responsável aqui nessa casa... háháhá.
Ouviram um barulho de porcelana quebrada na cozinha e ela completou:
- e você precisa salvar a cozinha, antes que ela seja destruída pelo Thomas.
- Chata.
Sorriram um para o outro e deram mais um beijo, antes de começarem as tarefas do dia.

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