quinta-feira, 10 de março de 2011

Relacionamentos, 'Do amor'.

“(...) Relacionamentos são laços invisíveis, quase sempre emaranhados e complicadíssimos. Claro, o principal ingrediente é “gente”(coisa complicada, naturalmente). Porque, como se sabe, nossa humanidade, desde a criação, já veio atrapalhada. Ora, se nem Eva nem Adão souberam dominar os próprios sentimentos, o que dizer de nós, meros herdeiros do mistério.
Vacilamos: amamos demais, amamos de menos, amamos ao contrário, amamos pra dentro, amamos com raiva ou amamos sofrendo. Ou, melhor dizendo, amamos da maneira que sabemos (e podemos). Por isso, não raso, romances se acabam, amigos se separam, pais abandonam seus filhos e estes, em última instância, os culpam pelos seus próprios relacionamentos falidos.
Ah, o amor (e seus percalços)!
Quanta gente nunca soube dizer eu te amo, mesmo sentindo no peito a vontade esburrando; e quantos já não gastaram estas palavras mesmo quando por dentro não sentiam absolutamente nada.
Certos ou errados, inteligentes ou atrapalhados, naturais ou esforçados, fortes ou fracos – somos quem somos e amamos da mesma forma que estiver ao nosso alcance.
(...)
Fato. Especialmente no quesito relacionamento, somos amadores, confusos, medrosos, culpados, exagerados e desordenados. Porque (não tem jeito): saber amar a si mesmo, o outro, ou nossos pais e amigos deveria ser fácil, mas na prática, acaba sendo um exercício – (que, não raro, demanda tempo, dedicação, compreensão, paciência, confiança e generosidade).
(...)
Mas, para evitar o esforço desnecessário, uma única simples verdade deveria sim ser ensinada na escola (e exercitada por todos – a todo custo e de qualquer maneira):
- Amar é deixar que o outro seja [simplesmente, aquilo que ele é]. “
{Trecho retirado da revista AG, da autoria de Maria Sanz Martins}

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