terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Turquia

A garota corria, corria, alegre. Aquele país tão colorido, tão cheiroso estava lhe fazendo tão bem. Foi ótimo ter finalmente aceitado de vez fazer companhia para o amigo meio destrambelhado, deixar a pele ser curtida pelo sol daquele país tão vivo.
Aquele cheiro maravilhoso de rosas misturada com condimentos, aquele povo todo narigudo falando alto deixou-a meio confusa e naquela correria, acabou se perdendo e trombando com uma pessoa.
Caiu feito jaca madura, de bumbum no chão. Olhou para "o quê" tinha trombado e percebeu que era um "quem", na verdade.
Olhou profundamente, aquela criatura lhe era familiar. Ele lhe sorriu.
Segundos depois, recuperada a memória e a bunda da queda, levantou-se num pulo só e como uma cobra, deu o bote no pescoço da criatura, quase o sufocando. 'Hey, hey, desastrada', disse ele, ainda sorrindo, 'vê se não me mata'.
'Idiota', ela disse, em lágrimas. 'Senti sua falta'.
Ela ouviu um grito, seu amigo destrambelhado a procurava. Ela acenou para ele e naquela mesma hora, a criatura fechou a cara. 'Seu namorado a espera. Tchau'.
'Hey, pára com isso!' Ela gritou, mas sabia. Ela era bem craque em olhares de despedida... e aquele claramente era um. 'Adeus', sussurou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário